Bem- Vindo

Saúdo a Todos com a doce PAZ do Senhor :)

domingo, 22 de maio de 2011

Quando minha mente está calma

Quando a minha mente está calma, eu acesso uma confiança que é descanso e proteção. Uma fé genuína na preciosidade da vida. Sinto que tudo em mim se reorganiza, silenciosamente, o tempo todo. Que isso tem mais a ver com o meu olhar, com a natureza das sementes que rego, do que eu possa perceber. Minha expectativa, tantas vezes ansiosa, de que as coisas sejam diferentes, dá lugar à certeza tranquila de que, naquele momento, tudo está onde pode estar. Em vez de sofrer pelas modificações que ainda não consigo, eu me sinto grata pelas mudanças que já realizei. E relaxo.

Quando a minha mente está calma, eu acesso uma clareza que me permite sentir, com mais nitidez, que há uma sabedoria que abraça todas as coisas. Que o tempo tem uma habilidade singular para reinventar nosso roteiro com a gente, toda vez que redefinimos o que, de verdade, nos importa. Que há um contentamento perene no nosso coração. Um espaço de alimento amoroso. Uma fonte que buscamos raras vezes, acostumados a imaginar a felicidade somente fora de nós e a deslocá-la para distâncias onde não estamos.

Quando a minha mente está calma, os sentidos se expandem e me permitem refinar sensações e sentimentos. Posso saborear mais detalhes do banquete que está sempre disponível, mesmo quando eu não o percebo. Nesse lugar de calma e clareza, não há nada a desejar. Nada a esperar. Nada a buscar. Nenhum lugar onde ir. Eu me sinto sentada sob a sombra de uma árvore generosa, numa tarde azul sem pressa, os pássaros bordando o céu com o seu balé harmonioso. O meu coração é pleno, nenhuma fome. Plenitude não é extensão nem permanência: é quando a vida cabe no instante presente, sem aperto, e a gente desfruta o conforto de não sentir falta de nada.

[Ana Jácomo]

Estou bem ausente, admito. Esse texto lindo da Ana Jácomo traduz meu momento. Dá pra perceber que a minha roda-gigante não pára não é? É a dita "onda no mar". Beijos nos corações!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Declínio do Amor Romântico

Uma história popular relata o caso de uma jovem que desejava muito viver uma relação de amor e então deixou um bilhete num local onde seria fácil de ser encontrado. A mensagem era a seguinte: “A quem encontrar este bilhete: eu te amo.” Parece improvável? Mas é isso mesmo o que acontece por aí, só que de forma mais sutil. Na verdade, não faz muita diferença quem encontre o bilhete. Quantas vezes ouvimos a descrição do parceiro amoroso de alguém como sendo uma pessoa maravilhosa, bonita, inteligente e quando somos apresentados a ela levamos um choque?
O amor romântico não é construído na relação com a pessoa real, mas sobre a imagem que se faz dela, trazendo a ilusão de amor verdadeiro. Deseja-se tanto vivê-lo que, quando alguém o critica, provoca grande desapontamento. Não é para menos. Nada pode unir tanto duas pessoas como a fusão romântica. A questão é que, por mais encantamento e exaltação que cause num primeiro momento, ela se torna opressiva por se opor à nossa individualidade.
Vivemos um período de grandes transformações no mundo, e, no que diz respeito ao amor, o dilema atual se situa entre o desejo de simbiose com o parceiro e o desejo de liberdade. É inegável que a fusão proposta pelo amor romântico é extremamente sedutora. Que remédio melhor para o nosso desamparo do que a sensação de nos completarmos na relação com outra pessoa?
No entanto, quando alguém alcança um estágio de desenvolvimento pessoal em que descobre o prazer de estar sozinho, se dá conta de uma profunda mudança interna. Preservar a própria individualidade passa a ser fundamental, e a idéia básica de fusão do amor romântico, em que os dois se tornam um só, deixa de ser atraente. Quanto à possibilidade de as pessoas alcançarem essa independência, existe certo pessimismo, alimentado pela crença de que o desejo de fusão com o outro está arraigado aos nossos ideais. Não participo muito dessa convicção.
O terapeuta e escritor Roberto Freire afirma em um dos seus livros que lhe custou muita dor, solidão e desespero aprender que sentir amor era uma potencialidade vital sua, produção criativa própria, e que para amar dependia apenas dele mesmo. A expressão e comunicação do seu amor eram produtos da liberdade pessoal e social conquistada. “Em minha inocência e ignorância, eu atribuía a algumas pessoas o poder de liberar, produzir, fazer exercer-se e se comunicar o amor em mim e de mim. Esse amor pertencia, pois, exclusivamente a essas pessoas, ficando eu delas dependente para sempre. Se, por alguma razão, me deixassem ou não quisessem produzi-lo em mim, eu secava de amor e — o que é pior — ficava em seu lugar, na pessoa e no corpo, uma sangrenta ferida, como a de uma amputação, que não cicatrizaria jamais.”
Por enquanto, não há dúvida de que desejar viver relações de amor fora do modelo romântico pode ser frustrante. As pessoas são viciadas nesse tipo de amor e fica difícil encontrar parceiros que já tenham se libertado dele. Mas acredito ser apenas uma questão de tempo. As mudanças são lentas e graduais, mas definitivas, nesse caso. Para quem imagina que vai perder alguma coisa ao desistir do amor romântico, Bonnie Kreps, cineasta canadense que escreveu um livro sobre o assunto, é animadora.
Ela diz que deixar o hábito de “apaixonar-se loucamente” para a novidade de entrar num tipo de amor sem projeções e idealizações também tem sua própria excitação. É a mesma sensação de utilizar novos músculos, que sempre tivemos, mas nunca usamos por causa de nosso modo de vida. Entretanto, ao começar a utilizá-los podemos fazer com nosso corpo coisas que antes nunca conseguimos. Para ela, os músculos psicológicos também existem e devemos olhar através da camuflagem do mito do amor romântico a fim de encontrá-los — e, então, ver com o que se parecerá o amor quando mais pessoas começarem a flexioná-los.
Quem sabe não teremos grandes surpresas?

Regina Navarro

Pode parecer estranho, sempre coloco textos a favor do amor, mas nesse caso, o amor romântico tem suas desvantagens, mediante o individualismo, então concordo em partes, desde que faça bem a saúde mental, espiritual e corpórea.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dizer o Amor

"Se você ama, diga que ama. Não tem essa de não precisar dizer porque o outro já sabe. Se sabe, maravilha, mas esse é um conhecimento que nunca está concluído. Pede inúmeras e ternas atualizações. Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente no universo. Pra todo mundo. Pra quem quer se conectar com ele. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mas amor a gente tem. Não é lorota. Basta sentir nas interações do dia-a-dia, esse nosso caderno de exercícios.


Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. É música de qualidade. Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir: diz de novo? Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra, sem brecha para se encontrar esconderijo na justificativa de falta de tempo. Sim, dizer, em alguns casos, pode exigir entendimentos prévios com o orgulho, com a bobagem do só-digo-se-o-outro-disser, com a coragem de dissolver uma camada e outra dessas defesas que a gente cria ao longo do caminho e quando percebe mais parecem uma muralha. Essas coisas que, no fim das contas, só servem para nos afastar da vida. De nós mesmos. Do amor.

Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá."
 
Ana Jácomo 
 
 
PS: Fiquei bastante tempo sem postar, falta de tempo, insipiração, vontade ou coragem. Sei que me distraí pelo caminho e talvez demore no regresso, estou aprendendo, a vida não me dá espaço, só me resta viver e viver bem que é o mínimo. De qualquer forma, por esse texto vale a pena parar a vida, é importante esses encantos em palavras.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Navegando pelas águas dos relacionamentos

Pode ser difícil navegar pelos relacionamentos por causa de uma variável importante: a outra pessoa!
Devido a essa grande incógnita, podemos estar seguindo alegremente nosso curso, fazendo o melhor possível, quando de repente nos encontramos em meio a uma crise de relacionamento. Algumas das horas mais difíceis de nossa vida podem ser exatamente aquelas em que temos problemas com as pessoas.
Qualquer tipo de relacionamento pode fazer-nos sofrer. Conflito com a mãe ou com o pai, com um irmão ou irmã, com o marido ou a esposa, com o filho ou a filha, com um parente, um amigo, um pastor, um chefe, um vizinho, o namorado, a namorada ou com o colaborador talvez nos provoque dor de estômago, um nó na garganta ou insônia. Isso acontece porque, quer reconheçamos ou não, os relacionamentos são muito importantes para cada indivíduo. Não é possível viver sem eles. Nem Deus quis isso para nós. Ele nunca planejou que vivêssemos completamente separadas de outras pessoas. Muito do que Deus quer realizar em nós ocorrerá a medida que crescemos nos relacionamentos com as pessoas que ele coloca em nossa vida.
Todo relacionamento requer um sacrifício. Todo sacrifício tem uma recompensa. Se conhecêssemos as recompensas, não hesitaríamos em fazer sacrifícios. Parte do sacrifício que temos que fazer em um relacionamento é confessar o orgulho e as necessidades. Precisamos ser amadas, cuidadas, valorizadas e respeitadas, mas essas necessidades jamais serão satisfeitas quando as exigirmos e, sim, quando abrirmos mão delas. Humilhar-nos e considerar as necessidades do outro superiores às nossas pode ressuscitar um relacionamento que sofreu ferimentos mortais.
Manter-se no caminho certo em qualquer relacionamento significa livrar-se do excesso de bagagem pessoal. Falta e perdão e inveja são exemplos dessa bagagem. Essas atitudes negativas criam ruptura em qualquer relacionamento e ficam sempre evidentes, mesmo que os demais não reconheçam exatamente o que estão vendo. Os momentos críticos dos relacionamentos podem ser minimizados se nos humilharmos diante de Deus e pedirmos que ele nos guie, passo a passo, sempre que a inveja e a falta de perdão se fizerem presentes. Trata-se de um sacrifício que sempre resulta em grande recompensa.
A melhor maneira de proteger seus relacionamentos é certificar-se que o principal deles é com o Senhor. Então peça que Deus seja o Senhor de todos os seus relacionamentos. Ore por eles e busque a mão reconciliatória de Deus onde for necessário. Embora possamos fazer muito ao oferecer nosso amor e perdão a outros, só Deus pode abrandar suficientemente o coração das pessoas para que possam recebê-los. Peça-lhe também isso.
Visando aparar as arestas dos relacionamentos, creio que o melhor é lembrar duas coisas: liberte as pessoas e agarre-se a Deus. Essa perspectiva pode ajuda-la a superar as falhas da carne e eleva-la à esfera dos milagres. Quanto mais forte for seu relacionamento com o Senhor, tanto melhor serão os demais relacionamentos. Os momentos difíceis de qualquer relação podem fortalecer sua caminhada com o Senhor à medida que você se aproxima mais dele. Portanto torne Deus o foco de sua atenção e confie em que fará brilhar uma luz especial quando seu caminho cruzar o de outra pessoa.

Fonte: A bíblia da mulher que ora - Stormie Omartian