Bem- Vindo

Saúdo a Todos com a doce PAZ do Senhor :)

domingo, 31 de outubro de 2010

Como tomar decisões?

Analise as opções com bastante calma

Podemos dividir o processo decisório em duas partes: analisar e decidir.
A análise corresponde à reunião de todas as informações necessárias bem como processá-las a fim de conhecer o panorama que cada uma delas expõe. Se você está planejando as contas de sua casa a fim de conseguir que no fim do ano tenham algum dinheiro para a viagem de férias, a análise compreende você reunir todas as informações sobre gastos e qual o valor dos proventos seu e de sua esposa.
A análise possui como objetivo coletar diversas informações e transformá-las em conhecimentos. A partir das informações coletadas, você pode perceber que você e sua esposa estão gastando muito em coisas supérfluas. Esta é uma informação (ou conhecimento, como geralmente chamamos) advinda da análise dos gastos e tipos de gastos que cada um possui.
Se você fizer um bom levantamento das informações, fica mais fácil analisar os mesmos e levantar hipóteses ou possíveis soluções.
Por mais que pareça que não há tempo suficiente (e geralmente é nesta situação em que nos encontramos, numa verdadeira “sinuca de bico”), tentar “economizar tempo” levando menos tempo para analisar e levantar todo o panorama bem como possíveis soluções pode ser um erro que lhe custará muito caro.
No exemplo da economia para a viagem, por exemplo, a família poderia optar por cortar o seguro de vida (que pode ter um valor em torno de R$ 10,00 por mês) por falta de planejamento, ao se pensar que este faz parte do problema. O fato é que por não verem um retorno imediato sobre este investimento, mal perceberam que seus gastos com coisas desnecessárias atingem a casa dos R$ 200,00 mensais, sendo assim, uma redução de 25% deste valor seria muito mais eficaz que a suspensão do primeiro (vale lembrar que em muitos seguros de vida a suspensão do mesmo sem motivos válidos leva à perda de todo o valor nele investido, o que pode significar uma grande perda dependendo de quanto tempo e dinheiro já havia sido investido).

Cuidado com a intuição e com a emoção

A intuição é importante, mas deve ser usada com cautela.
Geralmente nossa intuição provém da associação do problema com problemas anteriores que possuam alguma relação. Desta forma, nossa mente reavalia quais medidas tomamos nos mesmos e quais os resultados obtidos. Se os resultados foram positivos, nossa mente reforça o interesse sobre aquelas medidas tomadas, caso contrário, rejeita-as.
Dito assim, percebemos que nossa intuição carrega muito de nossa experiência. Quanto mais experiência nós temos, mais nossa intuição parece estar “sempre certa”, não é verdade?
O problema é que facilmente podemos mesclar nossas emoções com essas experiências, assim, nossa intuição pode começar a nos guiar por um caminho que mais reflete preferência do “decision-maker” do que uma possível solução.
Intuição é bom, mas deve ser bem dosada. Quanto maior a experiência da pessoa (e maior o número de resultados positivos que ela conseguiu em suas decisões), mais peso pode ter a sua importância, da mesma forma, quanto mais emotivo ele for, mais se deve tomar cuidado, pois não devemos tomar decisões somente “baseados em nossas emoções”.
Emoções são subjetivas e decisões são pensamentos, um planejamento que deve ser transformado em ações objetivas.

Saiba levar em conta suas experiências passadas, bem como as de outrém

Sempre dizemos que levamos em conta nossas experiências passadas na tomada de novas decisões, mas será que fazemos isso corretamente?
Após cada tomada de decisão e execução de ações, você gera um relatório de erros e acertos para que seja mais tarde analisado em caso de novas decisões?
No caso de problemas em família, não precisamos criar um relatório de vinte páginas e exigir a assinatura de cada pessoa da família para legitimá-lo, basta que sejam feitas reuniões para se conversar sobre os erros e, então, repensar as decisões.
Já no caso de empresas, documentar é sempre interessante, tanto para a empresa quanto para o funcionário. Para a empresa, é uma garantia de que aquilo que foi aprendido será mais facilmente passado aos demais. Para o funcionário, é uma forma de proteger-se contra possíveis confusões que possam ser feitas mais tarde, bem como uma ferramenta de apoio na tomada de novas decisões.
É incrível que em cada projeto, seja na indústria automobilística, seja em desenvolvimento de softwares, sempre se prega a elaboração de uma documentação sobre os problemsa enfrentados no projeto a fim de permitir pensar em novas soluções, mas infelizmente tal documentação é quase sempre esquecida. 
Além disso, lembre-se que você não está sozinho: procure conversar com outras pessoas que já passaram ou que podem passar por problema similar e busque novas alternativas.
Muitas vezes temos vergonha de falar que estamos com um problema. Até parece que, por termos conversado sobre o mesmo, demonstramos ser incapazes. Incapacidade demonstramos é quando não conseguimos resolver o problema!

Saiba tomar a decisão na hora certa

Nem rápido demais, nem demorado demais. Saber a hora certa para se tomar uma decisão e, assim sendo, executá-la, pode significar o sucesso em alcançar um objetivo.
Voltemos ao exemplo da família que quer viajar. Suponha que eles já fizeram a análise mas ainda não possuem certeza de devem ou não reduzir os custos com algumas coisas. Por ser uma decisão que podem tomar em qualquer momento, decidem por não optar agora.
Dois meses depois, olhando novamente o orçamento, todos concordaram que deveriam fazer reduções.
Ao final do ano, eles já tinham conseguido economizar algum dinheiro, mas não o suficiente para as férias. E se eles tivessem decidido isso antes, teria sido diferente?
Da mesma forma, tomar decisões precipitadamente pode fazê-lo escolher algo que não é o correto. O casal poderia, de forma precipitada, ter visto o reforço escolar como um custo adicional que poderia ser dispensado. Será que o rendimento escolar do aluno continuará bom? Se os pais empenharem-se em acompanhar e orientar, talvez, mas se eles não tiverem tempo, este pode realmente representar um problema.
Bem, com essas quatro dicas, acredito que agora será mais fácil tomar uma melhor decisão em seu projeto ou em sua vida. 

Fonte: Giga Mundo



 Segundo a Vontade de Deus
O primeiro princípio para tomar boas decisões é conseguir observar todos os fatos. A Bíblia diz em Provérbios 18:13 “Responder antes de ouvir, é estultícia e vergonha.”
O segundo princípio para tomar boas decisões é manter a mente aberta a novas ideias. A Bíblia diz em Provérbios 18:15 “O coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca conhecimento.”
O terceiro princípio para tomar boas decisões é ouvir ambos lados da história. A Bíblia diz em Provérbios 18:17 “O que primeiro começa o seu pleito parece justo; até que vem o outro e o examina.”
Se tem dificuldade em tomar decisões, Deus lhe ajudará. A Bíblia diz em Tiago 1:5-8 “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos.”
Confie em Deus e não em si mesmo quando necessite direcção. A Bíblia diz em Provérbios 3:4-6 “Assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
A oração ajuda o processo de tomar decisões. Jesus usou este método antes de escolher os discípulos. A Bíblia diz em Lucas 6:12 “Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar; e passou a noite toda em oração a Deus.”
É importante ter humildade quando pedimos a Deus para nos ajudar a tomar boas decisões. A Bíblia diz em Salmos 25:9 “Guia os mansos no que é reto, e lhes ensina o seu caminho.” 
 


Fonte: Jesus Voltará 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Saber Viver

Amar a si mesmo é uma tarefa considerada por muitos difícil. Constatemente a culpa e a insatisfação fazem desta uma tarefa árdua. Buscamos o Amor do outro durante todo tempo. Cobramos atenção, cuidados, respeito, consideração e quando o outro não corresponde aparece a decepção, a frustração, a revolta e o conceito que temos de nós mesmos parece diminuir ainda mais.

No meio de confusão e conflitos interiores vamos vivendo cheios de pressa, ansiedade, tristeza, depressão, stress, medo, pânico e nada parece dar certo. Chegamos até a perguntar:
- O que eu fiz para merecer tanto sofrimento, inquietação e má sorte?

Pare de olhar para fora e olhe para dentro de si mesmo, pois tudo aquilo que precisa para viver feliz - com Amor, tranqüilo e cheio de riquezas - está dentro de você.

* Chega de correr
* Aquiete seu coração
* Acalme sua ansiedade

É hora de:

1. Amar profundamente a si próprio
2. Se conhecer
3. Construir a vida que deseja

O seu pensamento constrói a sua realidade. Pensamentos negativos geram resultados negativos; pensamentos positivos geram resultados positivos:

* Avalie seus pensamentos agora e visualize sua vida.
* Compare o que pensa com a sua vida no momento.
* Pense positivamente

Como deseja que o outro faça por você aquilo que você próprio não faz?

1. Ame-se incondicionalmente
2. Seja paciente consigo mesmo
3. Perdoe-se
4. Permita apenas alimentos e bebidas saudáveis ao seu corpo e cultive pensamentos positivos, afastando os negativos

Assim, os sentimentos de Amor e concórdia renascerão dentro de você. A alegria, a saúde e uma imensa vontade de compartilhar isso com as pessoas serão constantes em sua Vida. A fonte de Amor dentro de você é inesgotável. Quanto mais doamos mais recebemos. Acredite nisso! você pode mudar a sua vida. Pode realizar através do seu pensamento todos os seus desejos bons.

Amar a nós mesmos nos faz amar aos outros e nos faz amados, traz alegria e tranqüilidade para nossa vida. Vamos lá! Viver é uma alegria. Sorria! A felicidade está dentro de você e você sabe o caminho. Acredite e confie em si mesmo. Bata e a porta se abrirá - foi Jesus quem nos deixou esse ensinamento.

Existem dois sóis: um no alto, no céu e o outro dentro de você! Permita sentir o seu Sol Interior brilhar!!!

Keli Cristina Silveira - Belo Horizonte/MG
*Psicóloga Clínica e Teleconsultora da Home Page Auto-ajuda, em Relações Humanas






“Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não passam de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Sei que isso é simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes. Hoje descobri a humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é saber viver!”
 

sábado, 23 de outubro de 2010

Superando a Tristeza

"Tristeza não tem fim, felicidade sim". Esta frase refere-se a um verso de uma música de um dos melhores compositores brasileiro, Tom Jobim. O escolhi como ilustração para abrir a nossa temática de hoje porque o tema não poderia ser mais apropriado para os mais tristes e porque não, aos mais alegres também.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. E para onde eu vou vós conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Evangelho de João 14.1-6.

Quem nunca sentiu o peito apertado, um nó na garganta, uma vontade de chorar... quem já não passou por isso? E por mais explicações que tenhamos a respeito, ou por mais que saibamos os motivos do qual estamos sentindo, o que podemos fazer para melhorar? É sobre isso que quero falar com você nesta manhã, esteja você triste ou não.

Queridos, é impossível viver esta vida sem experimentar tristeza. A perda de um ente querido, o desapontamento de um sonho aniquilado, a dolorosa constatação de uma traição jamais sonhada.... O fato e que a vida nos apresenta inúmeras tristezas. Tristeza fere. E difícil. Porem, ela traz algo de bom. Tristeza nos traz a constatação de que somos sensíveis para com as circunstancias e para com as outras pessoas. Ainda que tremendamente dolorosa, considere a alternativa. Paradoxalmente, a ausência da dor, é a maior de todas as dores.

Nos temos que experimentar e ate mesmo apreciar os nossos períodos de deserto sem que venhamos a ser sucumbidos pôr eles. Temos que lidar com a tristeza a semelhança de uma avenida de duas mãos. Em uma via nós a entregamos para Deus, Aquele que conhece como ninguém a nossa dor, segundo a exortação do apóstolo Pedro. Numa outra via nos podemos retirar da tristeza aquilo que ela nos oferece: uma oportunidade de conhecer melhor a nos mesmos, as outras pessoas, a verdade, o amor, vida e o melhor de tudo: o coração do próprio Deus.Mesmo na dor da tristeza, existe um significado, propósito e esperança. Da tristeza pode nascer um profundo senso de apreciação. Um brilho de sol é muito mais precioso após uma semana inteira de forte chuva e sol encoberto. Na tristeza existe um convite para uma sólida caminhada ao futuro e uma oportunidade de triunfo sobre todo obstáculo.

O que é tristeza?

Psicologicamente, a tristeza é aquele sentimento que lhe traz angústia, desânimo, solidão, em casos extremos ela lhe presenteia com uma depressão terrível. Esse sentimento é oposto à felicidade, pois, enquanto a felicidade é nutrida através de muito esforço, ação, adaptação e auto-imagem positiva, a tristeza penetra na alma quando mais se está fragilizado.

Mas, em termos técnicos, poderíamos dizer que a tristeza é complicada de definir. A raiz latina, strig, remete à idéia de apertar e districtus, apertado por todos lados. No latim vulgar, districtum deu lugar à districtia, que significa estreiteza. Daí chegou-se à tristeza. No francês antigo, a palavra significava ao mesmo tempo passagem estreita, senso moral, severidade e constrangimento. Depois a expressão adquiriu o sentido de situação desesperada.

Estreiteza no agir. Constrangimento da decisão. Desespero do irreversível. A tristeza vem, na verdade, junto com a certeza da nossa incapacidade de resolver um conflito. Ficamos tristes quando um amor não dá certo, quando perdemos um espaço, quando perdemos alguém. Tristeza é perda. Não há tristeza que não venha colada com uma perda. E quanto maior a perda, maior a correlação com o tamanho da tristeza. A tristeza vem para nos lembrar que somos sujeitos incapazes de lidar com o mundo. É a reação humana a um constrangimento inelutável, à incapacidade de aceitar um “não” do mundo. É a vontade de “sumir do mundo”. Ela vem para não nos deixar esquecer o tamanho da nossa pequeneza frente às forças externas.

Todos os dias as pessoas desejam aos outros sucesso e felicidade. E esquecem que quem vive no sucesso e na felicidade o tempo todo se aliena do mundo real, composto de muita tristeza. Só fica triste quem teve algo e o perdeu. Falo aqui da tristeza boa. A tristeza que faz pensar no quanto o mundo nos coloca em cheque todos os dias pedindo que decidamos pelo indecidível. Ontem à noite, cantava em meu teclado de computador a tristeza que nos ocupa os espaços da mente nos levando às reflexões mais difíceis, mais indesejadas e, por isso mesmo, as mais necessárias.

É duro admitir, mas amadurecemos mesmo é na tristeza. Pelos menos essa foi a declaração do salmista, no salmo 119.71 “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos”.

O apóstolo Tiago, também usava a mesma pedagogia. Ele escreveu em sua epístola 1.2-3: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança”. Contudo, quando aquelas duas espessas lágrimas rolam silenciosas no canto do olho, levando com elas rosto abaixo os 21 gramas de nossa alma, sentimos uma dor fininha que faz pensar no que não mais podemos ter. E aí começa o nosso dilema: Como conciliar a vida e a perda? Perder-se para se encontrar? Mas o encontro novo traz consigo a perda do encontro antigo. Eis que vem, de novo, a onipresente tristeza. E só ela. Ficamos desertos de emoções. Órfão de sentimentos. Quem viveu alguns anos já se encontrou com a tristeza várias vezes. É o tipo de sensação que nenhum de nós jamais gostaria de ter.

Há várias situações que provocam a tristeza. Por exemplo, quando você perde coisas ou possessões, quando o seu comércio vai mal, ou a casa se vai em um negócio mal feito. Quando de repente fica sem emprego, sem os amigos e você entra no mundo da solidão. Quando perde um parente através da morte ou do divórcio, parece que a tristeza é profunda e dói demais.

Em horas assim difíceis você recorre as promessas da Palavra de Deus?
Ainda consegue acreditar no amor divino quando tudo esta escuro?
Queridos, o próprio Filho de Deus quando aqui esteve, passou por momentos de tristeza.

O profeta Isaías O chamou de homem de dores. Certamente apesar dos sentimentos de alegria por salvar a humanidade da morte, a tristeza da traição, o abandono dos apóstolos nos momentos cruciais do seu sofrimento, invadiram e machucaram o Seu coração. Em Mateus 26:38. Ele pediu aos discípulos: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Até o Seu querido Pai, que várias vezes O chamou de Filho Amado, teve que deixá-Lo sofrer para realizar a salvação da humanidade.

É bom saber que mesmo quando estamos tristes, podemos ter a certeza de Seu amor, e de Sua companhia ao nosso lado. Essa é uma das maravilhosas promessas que Ele nos deu. No livro do profeta Isaías capítulo 57:15, está escrito: "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo. Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos."

Após Sua ressurreição, o Senhor deixou tudo para acompanhar a pé, dois discípulos que iam para a cidade de Emaús, que estavam vencidos pela decepção e pela tristeza. Quando ele contemplou aqueles corações tristes e abatidos, se aproximou e perguntou: “Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos.”.

Ao fazer esta pergunta, o Senhor Jesus manifestou total solidariedade para com os que estão tristes. E mais uma vez cumpriu a promessa, e mais do que isto, revelou a Sua consideração e o carinho por todas as pessoas tristes.

Há outros exemplos bíblicos que são um conforto para os tristes e sofredores. Foi em um deserto que Deus supriu durante 40 anos, a um milhão de peregrinos, com o pão vindo do céu. Foi durante um período de fome nacional que o Senhor mandou ao profeta Elias duas refeições diária transportadas por aves. Durante uma grande crise, houve farinha suficiente e azeite quase interminável para sustentar uma fiel e carente viúva, que pertencia ao povo de Deus.

Queridos, precisamos aprender que a extremidade humana é a oportunidade de Deus. Se está faltando alguma coisa, coloque sua confiança no Senhor porque Ele não o abandonará. Quando você disser: o que vamos comer hoje ou amanhã? Lembre-se das palavras de Jesus, escrita em Mateus 6.31-33, que diz: : "Vosso Pai Celestial sabe que necessitais destas coisas. Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã." Mateus 6:31-33. Se está perdendo a saúde, lembre-se do Médico dos médicos. Aquele que curou a tantos enfermos, vai também reservar uma benção para você. Lembre-se também que todas as coisas vão contribuir para o bem integral daqueles que buscam com sinceridade os caminhos de Deus. (Romanos 8:28)

Se o mundo hoje se tornou uma ameaça... Se a segurança e a paz estão cada vez mais distantes... Se o temor coletivo intranquiliza todas as classes. Podemos sentir a paz descrita no evangelho de João 14:27: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."

Se hoje você está triste porque perdeu uma oportunidade e está se lamentando: por que aconteceu isto? Ah se eu tivesse feito isto ou aquilo! Eu deveria estar dormindo quando aceitei aquela proposta. Por que eu não disse não?

Amigo, quem acredita em Deus, pode sempre recomeçar, pode recuperar o tempo e as coisas perdidas. Recomeçar, ter forças para superar os obstáculos, são os desafios de todo aquele que crê. Em II Coríntios 6:2 está escrito: "Eis agora o tempo oportuno. Eis agora o dia da salvação."

Vivemos num mundo de tristeza. Se você está triste porque sua imagem foi manchada e as pessoas não confiam mais em você... Se está recebendo críticas e o seu mundo parece desabar, lembre-se que você é muito precioso para Deus. O profeta Jeremias registra uma belíssima declaração de amor dedicada a você, escrita no capitulo 31.3: "Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí."

Se está desolado porque a morte feriu o seu lar, lembre-se que Deus tem um remédio para isso também. Aquele Jesus que disse: Lázaro sai para fora! Vai dizer a mesma frase aos nossos queridos, no dia maravilhoso em que vai voltar ao mundo. Naquele dia todas as nossas tristezas irão embora para sempre. Apenas precisamos acreditar. Acreditar na virada que Deus vai dar em toda essa situação.

O que precisamos é aprender a plantar esperança.

A Bíblia diz: "Aquele que sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes." Salmo 126:6.

"Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã." Salmo 30:5

Há duas coisas que podem nos ajudar:
1.. Jesus nos dá forças para suportar.
2. Jesus colocará fim ao sofrimento quando vier.

Graças a Deus podemos aguardar com fé a chegada dessa gloriosa manhã. E isso nos dá serenidade. Nenhuma tempestade é suficientemente forte para nos assustar quando sabemos que o nosso barco chegará ao Porto com segurança. Não há tristeza que possa diminuir a alegria da bem-aventurança que nos aguarda. Louvemos ao Senhor, porque através dEle podemos hoje superar a tristeza. Ele nos garante em Apocalipse 21:4: E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Queridos, eu já falei que existem momentos nos quais pensamos em desistir tamanha é a tristeza que nos invade. Pois, a vida é engraçada em alguns momentos, triste em outros, dura em mais alguns, amorosa em vários outros, enfim, ela nos leva a vivenciar milhares de diferentes momentos e, assim, experimentamos milhares de novas sensações. Uma sensação que tem afetado muito o dia-a-dia das pessoas é a tristeza por perdas; perdas em geral. Em certos momentos como, por exemplo, quando perdemos um ente querido, perdemos um emprego desejado, não passamos na prova do vestibular, terminamos um relacionamento, ou outra situação contrária ao nosso desejo ficamos realmente entristecidos.

O ser humano já está sensível em decorrência da competitividade, da falta de amor, da falta de carinho e afeto que a sociedade impõe hoje. E qualquer perda é um agravante para que essa sensibilidade aflore e algumas pessoas entrem em depressão, ou sejam tomadas por uma tristeza profunda.

Entretanto, existe alguém capaz de sarar nossa alma, de curar nossas feridas e quando estamos caminhando ao lado dele temos o discernimento de sermos mais que vencedores. O nome dele é Jesus. Por toda a Bíblia podemos encontrar diversas situações e diversas pessoas que sofreram e vivenciaram as piores aflições que um ser humano pode passar, mas sempre houve um livramento. E no livro de Salmos, capítulo 116, versículo 8, você pode ler o seguinte: “Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar.” É esse o único Deus capaz de trazer a existência às coisas inexistentes, só ele é capaz de transformar uma vida e fazer dessa pessoa mais que vencedora. Por isso, as pessoas precisam parar de viver a dar lugar apenas aos problemas. Todos precisam ter uma coisa chamada confiança. Confiar é, segundo o Dicionário Aurélio, ter fé! E a fé é, ainda segundo o Aurélio, uma adesão pessoal a Deus, seus desígnios e suas manifestações.

Então, pelo conhecimento de que a fé é o que nos move aos lugares mais altos, podemos transformar qualquer perda em uma conquista; qualquer tristeza em alegria; qualquer aparente derrota em uma grande vitória, desde que queiramos realmente que isso aconteça e depositemos nossa confiança em JESUS CRISTO.

E como está escrito: “Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.” (João 16.22.)

Creia nessa verdade e seja feliz ao lado de Jesus!

Fonte: Professor Pádua

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Egoísmo atrasa suas metas

Só em falar no assunto, a polêmica paira no ar: quem é egoísta tem dificuldade em admitir ou prefere ficar calado, com medo das críticas. E quem se opõe a esse tipo de comportamento não perde a chance de criticá-lo. "Há uma idéia de que o egoísta sempre age em benefício próprio, mesmo que isso possa prejudicar alguém", afirma o psiquiatra Geraldo Possendoro, especialista em medicina comportamental. "Portanto, quem critica uma pessoa egoísta também está agindo em causa própria, com receio de que venha a sofrer os efeitos do egoísmo do outro".

Os especialistas ainda não sabem dizer se pensar demais em si mesmo é uma característica natural dos seres humanos ou um hábito que aparece com o tempo, conforme as experiências vividas. "Sabemos que as crianças são egoístas e dependem disso para afirmar suas vontades. Mas faz parte da passagem à idade adulta o abandono deste modelo", explica o médico. Com as responsabilidades crescendo, o individualismo tende a surgir, ou seja, um comportamento em que é preciso satisfazer suas necessidades, mas sem abrir mão de pensar nas outras pessoas.

Egoísta ou egocêntrico?
As palavras são parecidas, mas o uso delas refere-se a perfis bem distintos. "Uma pessoa egocêntrica não olha para os lados, ela não quer saber como os outros estão se sentindo. O mundo inteiro precisa se adaptar aos interesses do egocêntrico", afirma o psiquiatra. Já o egoísta, segundo ele está preocupado em tirar o melhor proveito da situação conforme ela se apresenta.

Na prática, a diferença aparece de forma bem simples. "O egoísta aceita ir ao cinema, mesmo detestando o filme, desde que o melhor lugar esteja reservado para ele. Já o egocêntrico só combina programas que ele aprove, jamais admitindo alguma contrariedade, por menor que seja ela", exemplifica a psicóloga Carmem da Nóbrega, de Campinas.

Lidar com gente assim não é moleza e, na maioria das vezes, a solidão acaba sendo a única companhia de quem, simplesmente, não se ocupa com o outro. "Tenho um grupo de amigos que sempre sai junto. Nós somos parecidos, então é difícil ter confusão na hora de decidir o que fazer", afirma a secretaria Magali Novaes. "Mas arrumei um namorado que me levou a brigar com meus amigos, porque tudo tinha de ser do jeito dele. Até que nem eu aguentei mais e acabamos nos separando".

Esse tipo de choque, na maioria das vezes, tem resultados extremos: contribui para o que o egoísta repense sua forma de agir ou agrava ainda mais o isolamento desse tipo de pessoa. "O ideal, nesses casos, é mostrar que a colaboração é positiva, que todos ganhamos ao permitir que o outro expresse seus desejos", diz a psicóloga.

O problema é que existe muito mal entendido entre estar disposto a entender outras pessoas e ceder a vontades que não são suas. "E não é isso: quando você decide ouvir quem está por perto, há muito mais chances de resolver os impasses da rotina de forma criativa. O egoísta perde muitas oportunidades ao deixar de dar ouvidos ao outro, com medo de que seus objetivos estarão sob ameaça", diz o especialista da Unifesp.

Lado bom:
Camila Moura, hoje estudante de arquitetura e estagiária de uma empresa de construção, precisou ter sangue frio e bancar o egoísmo em nome de um sonho. "Via minha família passar dificuldades financeiras durante o ano inteiro, mas não podia ajudar. Eu tinha que usar meu dinheiro para pagar a matrícula da faculdade. Hoje ganho bem e posso dar uma vida confortável a eles", conta ela.

Só é preciso ficar de olho nas situações em que o seu comportamento começa a atrapalhar o convívio social, afastando as amizades e dificultando o relacionamento. "Além de não se preocupar com o outro, casos extremos de egoísmo são marcados pelo prazer em fazer escolhas que vão magoar o outro", explica o psiquiatra.

Egoísmo patológico:
Veja os sinais de que o problema precisa de tratamento especializado, com um psicólogo ou com um psiquiatra.

Dificuldade de relacionamento: no trabalho, em casa ou com os amigos, há sempre uma briga na hora de fazer escolhas e o que deveria ser uma experiência agradável termina em conflito. "É normal discordar dos outros de vez em quando. Mas vale analisar se você só está satisfeito quando tudo está a seu favor", afirma Carmem.

Falta de interesse nas atividades que outras pessoas sugerem: se tudo não está do seu jeito, melhor desistir. "Pessoas egoístas não conseguem se envolver em atividades que tragam mais benefício ao outro do que a elas próprias", afirma a psicóloga.

Solidão: uma pessoa egoísta, raramente, tem um grande círculo social. Os amigos inventam desculpas para se afastar dele e a família não faz questão de tê-lo por perto. No trabalho, há problemas para desenvolver projetos em equipe.


Fonte: Paraná Online

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Relacionamentos

Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzsche com a qual concordo inteiramente.
Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice”?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Sheerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O Império dos Sentidos”.
Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites.
O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fosse música.
A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ”Eu te amo...”
Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética”.
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua “cortada”, palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão...
O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento.
Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor...
Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...


RUBEM ALVES é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp.

domingo, 10 de outubro de 2010

Almas Perfumadas

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.

Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.

(Ana Jácomo)

domingo, 3 de outubro de 2010

Nunca desista de Amar

O amor é eterno e maravilhoso em sua essência, capaz de realizar as
mais importantes transformações em um ser humano.
Alguns vivem o amor em sua plenitude pelo simples fato de dispor dele em abundância. Aprenderam a amar, a se entregar ao ser amado e a estabelecer relacionamentos criativos. Outros sofrem com seu relacionamento amoroso. Depois de algumas decepções, tendem a se isolar e a adotar uma postura cética em relação ao amor. Preferem ficar em casa no sábado à noite, assistindo a um filme. Passam todos os fins de semana sozinhos. Nunca aceitam o convite de um colega para sair.
No início, sentem-se aliviados, pois acham melhor evitar problemas do que sair em busca do amor. Mas, depois de algum tempo, a solidão começa a apertar o coração.
Nunca desista de amar. Assuma sempre o risco de demonstrar seu amor, mesmo que a outra pessoa não vá aceitá-lo, porque amar alguém não é um problema nem um defeito; é uma virtude. Se ela não aceitar o seu amor, o problema não é seu, pois, uma vez que você descobriu o jeito de amar, ficará faltando apenas encontrar um companheiro para a viagem a dois.
Se você está só, abra o seu coração, coloque um sorriso no rosto, retome o brilho nos olhos e acredite que a vida lhe prepara maravilhosas surpresas. Tenho a esperança de que com esta nossa conversa você tenha conseguido mais energia e inspiração para desfrutar melhor o Amor, uma realidade valiosa demais para ser banalizada.
E lembre-se: você é o autor da sua vida e é capaz de escrever uma história de amor muito linda, na qual receba e dê muito amor. Saiba sempre que amar pode dar certo, desde que você cuide do Amor com muito carinho e sabedoria.
O amor é eterno e maravilhoso em sua essência, capaz de realizar as mais importantes transformações em um ser humano, mas as pessoas atualmente se machucam muito porque não aprenderam a amar de uma forma plena.

O problema não está no amor. O ser humano não consegue ser feliz sozinho. Desistir de amar é deixar de lado uma parte fundamental da própria vida, e por isso mesmo é triste ver tantas pessoas tratarem o amor com desprezo, acharem as manifestações de romantismo algo feio e, principalmente, desistirem de viver um grande amor. Vale a pena amar, acreditar no amor, entregar-se ao amor. O amor satisfaz os nossos mais profundos desejos de compreender e ser compreendido, de valorizar e ser valorizado, de dar e receber.

Amar pode dar certo.

O ser humano só pode existir em paz consigo mesmo se puder se relacionar com uma pessoa a quem diga, com palavras e gestos, “eu te amo” e de quem ouça com total sinceridade: “Eu também te amo”.

Mas amar supõe evoluir todos os dias, conhecer o outro cada vez melhor, construir com ele um lugar no mundo em que as pessoas, ao entrar sentirão que ali existe vida, carinho sincero, vontade de acertar.

Nos momentos de crise ou de mágoa, dizer “eu te amo” ao parceiro é ter a coragem de lhe dizer que ele fez algo de que você não gostou.
Nos momentos de alegria e êxtase, dizer “eu te amo” é saber compartilhar essa alegria com quem você ama, abrindo seu coração sem reservas. Nos momentos de dor, dizer “eu te amo” é talvez não dizer nada, mas deixar evidente ao outro que você está ao seu lado aconteça o que acontecer. Nos momentos em que você perceber que errou, a melhor maneira de dizer “eu te amo” é simplesmente dizer: “Desculpe pelo meu erro”. Nos momentos em que o outro errou, e está triste porque cometeu o erro, a melhor maneira de dizer “eu te amo” é se aproximar lentamente dele, colocar a mão em seu ombro e dizer suavemente: “Tudo bem, já ficou para trás”.

Amar pode dar certo é a frase mais simples possível para traduzir a convicção de que nascemos para amar e ser amados, e que nossa felicidade consiste em realizar essa missão.


Roberto Shinyashiki é psiquiatra e autor de 11 títulos, entre eles “Amar pode dar certo”, que completa 18 anos com a publicação de uma nova edição revisada e atualizada, em março.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Construindo Pontes

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.

Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.

Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam.

Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.

Estou procurando trabalho- disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.

Sim! - disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo.

- Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.

Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.

Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.

O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra.

O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca!

Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho.

Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei.

No entanto, as surpresas não haviam terminado.

Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos.

Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.

O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: "espere! fique conosco mais alguns dias".

E o carpinteiro respondeu: "eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir."

E você, está precisando de um carpinteiro, ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?

Pense nisso!

As pessoas que estão ao seu lado, não estão aí por acaso.

Há uma razão muito especial para elas fazerem parte do seu círculo de relação.

Por isso, não busque isolar-se construindo cercas que separam e infelicitam os seres.

Construa pontes e busque caminhar na direção daqueles que, por ventura, estejam distanciados de você.

E se a ponte da relação está um pouco frágil, ou balançando por causa dos ventos da discórdia, fortaleça-a com os laços do entendimento e da verdadeira amizade.

Agindo assim, você suprirá suas carências afetivas e encontrará a paz íntima que tanto deseja.


Para terminar: "Que ninguém nos ouça, mas se você se sente só é porque construiu muros em vez de pontes"