Bem- Vindo

Saúdo a Todos com a doce PAZ do Senhor :)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Paradoxo do Nosso Tempo

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma;

dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos..

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar'delete'.

Lembre-se de ficar mais tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.

(George Carlin)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A delicada arte de viver em Paz

Nosso tempo é turbulento, e as notícias nos chegam com tal velocidade que o mundo se torna muito pequeno, e as realidades de todos os povos, muito próximas de nós.

Alguns, mais conscientes, procuram formas de colaborar para que os problemas sejam minimizados de forma abrangente – movimentam-se, criam ONG’s ou fazem campanhas, ou simplesmente tomam medidas pessoais para que a sua própria existência e os seus hábitos diários não se tornem um peso excessivo para o ambiente, nem colaborem para agravar os problemas da humanidade.

Com certeza, estas atitudes trazem, para todos aqueles que as tomam, uma sensação de paz. Mas em nosso dia-a-dia, na rotina de nosso trabalho e de nossos relacionamentos pessoais, sentimos todos o peso do stress e do nervosismo que se tornou uma característica desta geração.

Somos constantemente pressionados pelo tempo cada vez mais curto, pela tecnologia cada vez mais avançada, pelos padrões de qualidade cada vez mais altos. Em nossas mãos está o poder de fazer um trabalho muito bem feito, seja qual for a área, e em nossos corações está a angústia de estar à altura das expectativas – e, sempre que possível, superá-las.

Hoje é fácil ser bom – então temos que ser os melhores! É mais fácil estudar – então temos que atingir os níveis mais elevados de preparação e produção intelectual. Temos muitos recursos ao nosso alcance – temos que atingir níveis técnicos primorosos.

Até mesmo em nossa vida pessoal somos levados a buscar a excelência. Temos que conciliar atividade profissional de sucesso com uma família bem estruturada, uma casa arrumada com filhos felizes e equilibrados, uma posição de destaque com tempo e disposição para receber amigos.

O grande desafio está em separar nossas emoções, e não deixar que uma área de nossa vida se sobreponha negativamente à outra. Podemos permitir que a alegria e a satisfação por um trabalho realizado com sucesso nos faça mais agradáveis e divertidos com nossos familiares. Mas temos que ter extremo cuidado para que o inverso, isto é, o nervosismo e a preocupação que acompanham um assunto especialmente difícil, não seja verdadeiro, e que não sobrecarreguemos a família com problemas dos quais ela não faz a menor idéia.

Mais fácil dito do que feito? Sim, muito mais!

É muito difícil separar emoções como se fôssemos duas pessoas, vivendo em dois mundos – ou mais. É muito difícil sorrir e ser gentil, ou compreensivo com relação às dificuldades alheias, quando nosso interior está em plena ebulição. É muito difícil deixar de lado, mesmo que apenas por um par de horas, aqueles problemas que temos e que precisam de uma solução urgente, que nós, e apenas nós, temos que encontrar.

Todos queremos estar em paz, e resolver as questões pendentes é um caminho necessário para se chegar a ela.

Por isso, o esforço tem que ser conjunto. Se um membro da família chega em casa perseguido pelos fantasmas do dia, cabe aos outros amenizar os efeitos de seu nervosismo. Se alguém fala mais alto, não devemos responder mais alto ainda. Se alguém reclama por algo que não está do jeito que esperava, é melhor corrigir da maneira mais rápida e eficaz possível, do que piorar as coisas tentando justificar. Esfriar as brasas, e não atiçar ainda mais a fogueira.

Podemos não ter poder sobre os acontecimentos, mas temos o poder de determinar a forma como reagimos a cada um deles.

Se quisermos viver em paz, temos que fazer a nossa parte. Não evitaremos as dificuldades nem as crises, mas colaboraremos para que o peso dos dias seja menor, e para que as pessoas que convivem conosco sejam mais felizes.

Não podemos ir cada dia ao trabalho pensando em como vamos responder para aquele colega que tanto nos irrita com suas reclamações constantes. Temos que encontrar maneiras de mostrar a ele, pacificamente, que os problemas são resolvidos mais facilmente quando todos trabalham juntos pelo mesmo objetivo.
A paz está em compartilhar as dificuldades, tornando-as mais leves e simples na medida em que ficamos mais confiantes e seguros com a presença e a colaboração de outras pessoas. A paz está em saber que não estamos sozinhos, e que resolver os problemas do mundo não está apenas em nossas mãos, enquanto o resto da humanidade apenas usufrui o resultado de nossos esforços. O mesmo princípio é verdadeiro para o pequeno universo de nossa vida – trabalho, família, amigos... às vezes, estamos tão mergulhados em nossos próprios problemas que não conseguimos ver que os outros enfrentam dificuldades também.

Viver em paz é uma arte, pois não depende de uma vida sem responsabilidades ou questões para resolver, mas sim de uma postura interior capaz de lidar com tudo isso, com calma e equilíbrio, de forma a desfrutar de todas as coisas boas que continuam a crescer e a se multiplicar ao redor – e apesar – de todos os nossos problemas.


Por: Denise Amaral

Portal Brasil

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Como lidar com a insegurança?

A insegurança está presente no dia-a-dia, seja vinda da sua direção ou na sua direção.

Ao ser inseguro, você abre espaço para a incerteza quanto a sua atuação, às suas decisões e principalmente à sua habilidade de ser profissional, porque insegurança tem a ver com posicionamento pessoal que nunca se separa de você, seja você quem for e onde quer esteja.

Isto significa que você deixa uma imensa porta aberta para possibilidades não aproveitadas, pois aos olhos dos outros, dificilmente você dá conta do recado e acaba por ser percebido como desnorteado.

Os inseguros anseiam pela aprovação alheia e se influenciam imensamente com esta, mesmo que esta signifique prejudicar-se ou aos outros de forma irrecuperável.

Lembre-se que é muito diferente você solicitar um conselho de alguém onde você ouve, reflete e decide o quê quer que seja; de você solicitar uma decisão de outro como se para decidir em seu lugar. Ouvir conselho não é insegurança é abrir a cabeça para outras visões.

Insegurança é deixar a sua decisão nas mãos dos outros e os responsabilizar por isso.

Chega ser uma covardia agir desta forma: passando a frente uma responsabilidade que é sua e fazendo de conta que você não é completamente responsável pelo que faz.

É obvio que nem sempre você pode estar 100% certo da direção a tomar para uma ação que realizará, mas mesmo assim, deve buscar a coragem dentro de você para fazer o que acredita ser o certo.

Tenha sempre claro que você é 100% responsável por suas próprias ações e decisões.

E dentre tudo isso, o desafiador é lidar com as próprias inseguranças e as inseguranças os outros.

O grande passo para resolver a própria insegurança, é assumir as suas responsabilidades de fato e de direito, sem se deixar seduzir pelo conforto da omissão, nem tampouco deixar-se manipular pela vontade alheia.

Desta forma você se blinda contra si próprio e deixa de ser apenas um figurante para as suas ações.

Sim, primeiro você se enfrenta, depois enfrenta o mundo.

Lidar com as inseguranças dos outros é muito mais complexo, no sentido de que não se tem controle sobre o que os outros fazem, mas se você mantiver a postura responsável e nunca, em hipótese alguma, deixar-se manipular, colocando sempre as cartas na mesa e agindo quando deve agir, com certeza blindará as ações dos inseguros em sua direção.

Há sempre àqueles que usam de artimanhas para repassar as suas próprias dificuldades para os outros, seja publicamente ou anonimamente. E com isso conduzem as suas ações de forma individual e com o foco em “salvar o próprio couro” todo o tempo.

É muito difícil assumir compromissos e responsabilidades, seja quando está tudo bem ou quando não está, mas estes que estão preocupados apenas com si próprios são os maiores colaboradores para disseminar insegurança aliada à manipulação.

No mundo dos negócios, você consegue perceber rapidamente as inseguranças e a manipulação.

Enxergue os ataques infundados, que são baseados apenas em percepções pessoais direcionadas para o desalinhamento, ou perceba os que preferem manterem-se anônimos e usam às ações do dia-a-dia com o objetivo de desestabilizar ambientes, ações, processos de negócios e pessoas.

Os inseguros não são os que tomam decisões mesmo que possam não parecer as melhores, por acreditar nelas; são os que não tomam decisões para responsabilizar o mundo pelo que lhes acontece.

Saiba lidar com a insegurança, sendo verdadeiramente responsável.

Assim você assume o que você pensa e o que você faz.

Assuma-se.

Sílvia Somenzi

sábado, 18 de setembro de 2010

Atenção, Intuição e Sincronicidade

Muitos de nós já devem ter percebido que, em certos momentos de nossas vidas, algum acontecimento ocorreu no local certo, no momento certo. Pode ter sido o encontro para o início de um grande amor, a pessoa que o indicou para seu atual trabalho ou o livro que você ganhou de presente que o fez refletir sobre sua vida. Porém, se refletirmos com mais profundidade, nos conscientizaremos que absolutamente tudo que aconteceu em nossa vida e todas as escolhas que fizemos no passado são responsáveis pela nossa atual situação.

De acordo com psiquiatra Carl Gustav Jung, criador do termo sincronicidade, esta energia está presente em toda nossa vida, porém são poucas pessoas que têm consciência destes acontecimentos. Isso se dá principalmente pela falta de atenção e presença no dia-a-dia.

Somos capazes de perceber a sincronicidade quando colocamos a nossa atenção em tudo o que fazemos. Através desta atenção, expandimos nossa percepção e entramos num estado de tranqüilidade, de paz interior e de receptividade. Manter um pensamento positivo e estar bem consigo mesmo são essenciais para perceber sincronicidades favoráveis ao nosso desenvolvimento.

A atenção é importante porque é através dela que podemos perceber como a sincronicidade está atuando em nós. É ela a responsável pela conexão com a Vida.

Já a intuição é nossa capacidade de perceber e sentir o que é certo para nós. É a voz do coração. É a sensação de que tal caminho é melhor que o outro em determinada situação.

Há diferentes níveis e qualidades de sincronicidades. Há sincronicidades das mais banais até aquelas que podem mudar completamente sua vida. Percebo que elas ocorrem a partir do estado interno e da intenção da pessoa. Quando temos uma intenção com relação à determinado assunto, é natural que nós também aumentemos nossa atenção para tal. Por exemplo, quando você tem a intenção de comprar determinado carro, pode ser que você comece a perceber carros idênticos ou semelhantes ao que você quer comprar à sua volta. Na verdade, eles já estavam lá. Apenas a sua atenção foi influenciada pela sua intenção de comprar o carro. Já o estado interno determina a qualidade das sincronicidades. Se você está desesperado ou agitado, sua atenção se volta para situações semelhantes e você tende a perceber sincronicidades com esta mesma qualidade.

Por isso, é importante primeiro voltar a atenção para si e perceber qual o estado interno que está presente em seu interior. E quando conseguir alcançar este estado de presença e serenidade, experimente olhar ao seu redor perceber as situações que estão acontecendo. Deste estado você saberá o que fazer. Isso em si, já é um processo de auto-conhecimento.

A atenção ajuda a desenvolver a intuição e com a prática deste estado interno você será capaz de perceber cada vez mais sincronicidades que poderão levá-lo adiante em sua vida. Um ótimo exemplo de sincronicidade é o próprio fato de você estar lendo este artigo agora. Pode ser que você não tenha tido consciência até agora de como chegou até aqui, mas com certeza a sua atenção, a sua energia da intenção de se desenvolver e a sua própria intuição fizeram com que neste momento você se encontre aqui.

Que você possa agora exercitar a atenção e intenção no seu crescimento e desenvolvimento pessoal como um todo e, dessa forma, viver plenamente.

Autor: Saulo Nagamori Fong

Pensamento Positivo

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Por que ter paciência faz você se sentir tão bem?

No processo do aprendizado da paciência, é importante a contemplação que traz autoconhecimento. Sem sentimento de culpa, sem se julgar, apenas contemplando, descubra porque você perde a paciência com você mesmo, com as outras pessoas, com seu trabalho, com os familiares, com as situações, com sua meditação.

Descubra sua impaciência, sua exigência e cobranças com você mesmo. Às vezes, você decide alcançar metas em pouco tempo e quando suas expectativas não são correspondidas, quando seus desejos não são satisfeitos, você perde a paciência.

Diz-se que quando um desejo é contrariado, surge a raiva. A raiva que é difícil de dominar, que é nosso maior inimigo, está vinculada à impaciência. E esse é o aspecto a ser mais trabalhado sobre a impaciência – sua ligação com o desejo e com a raiva.

Com a paciência, você cultiva a paciência. Precisa se lembrar da palavra paciência, contemplá-la e aplicar na sua vida diária. Ter a intenção de ser paciente, de cultivar isso aumenta sua capacidade de paciência.
Perceba como a pressa atrasa mais você, como pode se machucar, bater seu carro, ou deixar objetos caírem.

Observe como pode dizer palavras que não queria criando assim conflitos e desarmonias. Pode até fazer um julgamento apressado de alguém ou de alguma situação. Note como a falta de paciência o deixou fora de si e complicou ainda mais os problemas em vez de solucioná-los.

Sem paciência, você perde a beleza da vida, não saborea os detalhes, as sutilezas agradáveis de seus afazeres, de sua vida cotidiana. É a paciência que lhe permite sentir o valor do único momento que existe, o momento presente tão precioso.

A paciência é uma virtude que emerge e brilha do coração e pode ser aumentada com sua prática deliberada e constante. É necessário praticar a arte da paciência para nossa maturidade, inteligência emocional e evolução espiritual.
Com a paciência surge o sucesso, a prosperidade, a saúde, o bom humor. Você se torna uma pessoa mais amável, mais sábia e querida. As pessoas gostam de ficar perto de quem é paciente e gentil. Você terá mais amigos e poderá conviver melhor com sua família e com seus companheiros de trabalho.

Aprenda a colocar sua paciência em funcionamento. Alimente-a com a oração, com a meditação, e deixe que ela se irradie e brilhe de seu espírito. Expresse-a em suas palavras e ações.

Dê um tempo a você mesmo para apenas observar a respiração, para relaxar e gostar de estar em sua própria e boa companhia. Dê um tempo a si mesmo para praticar o apaziguamento, o silêncio interior, a quietude da mente.

Sinta-se confortável antes de fazer seus afazeres, apóie-se e goste de você. Ao fazer isso, você realiza melhor tudo o que faz e pode ser mais útil aos outros.

Para ter paciência, você precisa aprender a controlar seus pensamentos e ações. Observe mais sua mente, tenha vigilância sobre seus pensamentos. Escolha ser feliz, compreendendo os mecanismos da mente, e escolhendo pensamentos positivos e elevados.

Link do texto

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Temperança


Dizia alguém que a convivência exige um equilíbrio difícil. Também entre o corpo e a alma, matéria e espírito. Nessa convivência que se dá em nós; de matéria e espírito, quando se dá a separação dos dois, o resultado é a morte. Não se pode puxar demais para o lado do espírito, porque não somos anjos; nem demais para a matéria porque não somos animais. Para entender esse equilíbrio, pensei nas balanças antigas, com dois pratos. Colocam-se os pesos de um lado e do outro aquilo que se vai pesar. Quando o fiel da balança chega ao meio, sabemos qual é o peso. Mas há balanças falsificadas. Em nossa vida precisamos de balanças fiéis.
Fala-se em moderação, equilíbrio e evitar exageros; mas onde começa e termina o exagero? O grande exemplo que temos do equilíbrio perfeito é Jesus Cristo. Jesus vai a festas, jantares; não é um radical anti-alegria. Muitas vezes foi convidado para reuniões. Aceitava saborear as alcachofras, uvas, tâmaras, cordeiro assado, empada de peixe. Provavelmente elogiava a cozinheira, agradecia o convite, ria com as pessoas, num ambiente sadio e construtivo. Jesus Cristo multiplicou o vinho num casamento. Produziu entre 400 e 600 litros de vinho; converteu a água em vinho bom e o chefe da mesa, responsável pela bebida, elogiou o vinho. Cristo não condenou o gasto que os noivos fizeram para a festa, equivalente a uns 200 dias de trabalho. Ele sabia a importância que se dá a essa cerimônia. Também nós devemos buscar a autêntica moderação. Vivemos num mundo consumista, hedonista, não podemos cair num comodismo que leva a fugir de todo esforço.
Havia um homem que dizia: “Tudo com medida”→ alimentação comedida, bebida comedida, amor à esposa medido (tinha uma amante), religião medida (rezava uma vez por mês). Não é um moderado; esse homem é medíocre.
A palavra TEMPERANÇA é pouco usada. (Sophrosyne, do grego → composição de partes num todo). Temperamento é um modo de ser organizado. O clima temperado está equilibrado. O tempero da comida dá equilíbrio no gosto do alimento. Temperança é ordem e equilíbrio em nós mesmos. No rodízio de carnes é se controlar. É medir o que se bebe, não perder o autocontrole.
Diz um autor: A Temperança é voltar-se para si próprio de forma desinteressada e generosa; mas com abertura para Deus e os outros. A intemperança é uma autodestruição; desordem no todo. Decompõe e estraga forças que há no ser humano, dirigindo-as para o mal.
Forças boas existentes no ser humano:
-estritamente auto-conservação: subsistência, conservação da espécie
-auto-realização. O ser humano busca realizar-se
-auto-afirmação frente aos demais.
Na tendência para a conservação da espécie está a sexualidade humana. Se é exagerada, leva à decadência moral. Costuma-se dizer que foi uma das causas da queda do Império Romano.
A auto-afirmação é natural; mas seu excesso descamba para a vaidade. O exibicionismo doentio leva à perda da naturalidade.
O desejo louco de auto-realização leva à ambição e destruição da própria pessoa.
Por que esses exércitos de defesa se tornam auto-destruidores? Porque é próprio do ser humano bem constituído, amar a Deus em 1º lugar, aos outros em 2º e só olhar para si em terceiro. O lado doentio do amor-próprio volta-se só para si. Os descontrolados não são virtuosos. O avaro que não fuma nem bebe para economizar, não o faz por virtude; é egoísmo. Quem, por pura vaidade não come doce está dando culto ao “eu”.
A Temperança vigia e corrige a atuação humana. Corrige a tendência a colocar-se na frente de Deus e dos outros; a prevalecer sobre o próximo. Vamos ouvir o que o outro tem a dizer, pode ser que tenha uma parte de razão... Quem busca a sensação, fica escravo dos jogos de azar. A atuação da Temperança mostra que o justo meio é o cume entre dois abismos.
Vamos observar nossa vida aos olhos da Temperança. Estamos ignorando nosso compromisso para com Deus?
No coração do cristão tem que haver a postura de agradecimento. Elevemos o coração a Maria, que viveu a ordem plena; que ela nos guie no caminho da Temperança, para que possamos viver o amor de forma semelhante a ela.