Bem- Vindo

Saúdo a Todos com a doce PAZ do Senhor :)

domingo, 11 de abril de 2010

O Amor Maduro

O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido colorido e poetizado. Não carece de demonstrações. Presenteia com a verdade do sentimento. Não precisa de presenças exigidas. Amplia-se com as ausências significativas. O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito. O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes. Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não percebe, recebe. Não exige, oferece. Não pergunta, adivinha. Existe, para fazer feliz.

(Arthur da Távola)

Um comentário:

  1. Grande e saudoso Arthur da Távola.

    Nos deixou cedo.

    E esse negócio de pele é realmente, muito sério.

    Que coisa é essa que acontece quando as peles se gostam. É uma intensidade afetiva, como nenhuma outra.

    E ninguém explica, esta coisa das peles que se atrem, se atravam e não se deixam nunca mais, tornando-se então um amor maduro.

    E bota maduro nisso!

    Ainda vou descobrir.

    Preciso treinar mais (rs).

    Um abração carioca!

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